Meus caros, antes de tudo um esclarecimento: o “não empreendedor” é diferente do anti-empreendedor. O primeiro simplesmente não tem vocação para a coisa, e o segundo atrapalha e emperra por vocação.
O primeiro aceita-se e se respeita, o segundo precisa ser combatido. É simples.
Em épocas onde o empreendedorismo ganhou ares de atividade glamurosa (Rockefeller gargalharia com isso), comete-se o equívoco de ingenuamente adotarmos como padrão que todos os colaboradores e parceiros de qualidade são necessariamente empreendedores. Mas isso não é uma verdade.
É o mesmo engano aplicado ao conceito de “capacidade de liderança”. Observem os cursos de formação afetos ao mundo corporativo. Todos querem “formar líderes”, mas caso esse intento fosse atingido, viveríamos o caos nas organizações – onde o excesso de pretensos caciques tornaria tudo muito disfuncional.
No mundo do empreendedorismo não é diferente. Trata-se portanto de perfil, capacidade e tino. E não é para qualquer um, além do que muitas pessoas competentes e necessárias nas organizações passariam longe da ideia de se tornarem “empreendedoras”.
Grandes executivos e dirigentes encaram com tranquilidade a missão de conduzir os empreendimentos dos outros, mas não podem nem pensar em montar algo próprio e correr os riscos inerentes do processo. Contudo, como é óbvio, não deixam de ser menos importantes ou necessárias por conta disso.
Então, para evitarmos depositar expectativas exageradas ou julgarmos de forma preconceituosa, convido-os a conhecer suas genuínas e legítimas características.
Não empreendedores:
- Não são dotados de paciência para montar operações do “zero”. E com isso enxergam em uma estrutura de suporte de trabalho, algo essencial para o desempenho de suas atividades;
- Não estão dispostos a viver sem a garantia de sua remuneração. Esse requisito é imprescindível para a sua paz de espirito e bom desempenho produtivo;
- Sim, eles estão dispostos a trocar o projeto (que para você pode ser a grande missão de uma vida) por uma posição melhor, com maior status ou remuneração. E isso não é um pecado e nem uma falha de caráter.
- Sua satisfação profissional, e capacidade produtiva dependem de um dos quatro fatores a seguir (se acumulados, melhor): status, boa remuneração, desafios que tornam o trabalho estimulante, alguma estabilidade profissional;
- Nem sempre se sentem confortáveis na tomada de riscos novos, preferindo muitas vezes viver uma vida mais previsível no trabalho;
- (não é a regra, mas é muito comum) Necessitam de regras claras para navegar sem correr riscos desnecessários. Em geral padecem em fases ainda não completas de processos de implantação de novos negócios ou projetos;
- Podem perder toda a admiração, orgulho ou apego por uma empresa ande estejam atuando e que eventualmente comece a apresentar sinais de fragilidade econômica;
- Estão sempre atentos a manutenção de sua empregabilidade, permanecendo com o “radar” ligado para não perderem novas oportunidades em outras empresas que ofereçam condições superiores ou mesmo mais adequadas;
- Geralmente convivem bem com o conceito de hierarquia ou com a relação líder-liderado;
- Eventualmente são cuidadosos para não ferirem suscetibilidades.
Identificou se você tem o perfil de “não-empreendedor”? Característica assim apontam para determinados perfis que podem variar de acordo com os atributos profissionais de cada um. Deixe um comentário logo abaixa dizendo o que você achou da lista e do perfil apresentado!
Fonte: saia do lugar