Varejistas de pequeno e médio portes ainda têm uma cultura muito tradicional, voltada para o mercado físico. Com a chegada da pandemia de Covid-19, no entanto, esse cenário teve que mudar. Mas, hoje, o avanço do varejo digital já não depende da pandemia e do isolamento social. Os empreendedores viram que o mercado online traz possibilidades muito além da sobrevivência.
O varejo brasileiro já é acostumado a superar crises. Para se ter uma ideia, a Previsão para o E-commerce Global 2021, da consultoria ‘eMarketer’, enxerga o Brasil como o segundo lugar no Top 10 de crescimento de varejo online em 2021.
Mas como o empreendedor tradicional pode fazer essa transição para o varejo digital? Essa mudança começa a partir da liderança da empresa, fortalecendo a cultura digital.
Veja como começar a transição do tradicional para o varejo digital:
Comece tentando
Sabemos como um erro no varejo digital pode balançar as estruturas de um negócio — o que pode assustar quem ainda não tem experiência. Porém, há também inúmeras ferramentas que podem ajudar a empresa a se reerguer e a atingir patamares que ela sequer imaginava.
Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza e única única brasileira presente na lista de 100 pessoas mais influentes do mundo da revista Time, disse em uma conversa durante o evento Connections, da Monte Bravo Investimentos:
” O digital é uma cultura da experimentação. Tenta. Não deu certo? Muda rápido, e se acertou, multiplica. A inovação e o (bom) atendimento são as únicas coisas que vão diferenciar o negócio. E não tem como inovar sem o digital.”
Por mais que o receio exista, portanto, o principal é começar — e, se der errado, saber se adaptar.
Engaje a equipe
Como dito, a mudança de pensamento do tradicional para o varejo digital deve vir da liderança. Afinal, ela tem o papel de identificar oportunidades e facilitar a adoção de novas tecnologias; isso faz com que os colaboradores percebam que essa transição está sendo levada a sério.
Além do mais, eles vão se sentir motivados a sugerir novas ações de marketing, opinar, criticar e mostrar pontos de vista que, até então, a parte estratégica da empresa ainda não tinha percebido.
Trabalhe com boas plataformas
No varejo digital, o empreendedor trabalha principalmente com e-commerce, plataformas de marketplace e redes sociais. No entanto, o essencial é investir em uma boa plataforma de e-commerce para manter seus produtos e serviços.
Mesmo que fazer vendas em marketplaces e redes sociais possa parecer mais prático, elas não oferecem a estabilidade e a segurança que um e-commerce tem. Vejamos o exemplo da Marisa, grande varejista brasileira de moda feminina. Entre abril, maio e junho de 2020, as vendas online da empresa aumentaram 150% com relação ao ano anterior. Isso não seria possível se ela não contasse com uma boa plataforma.
Os principais tipos de plataformas online são as open source (gratuitas e de código aberto), proprietárias, licenciadas e SaaS. Cabe ao gestor entender qual oferece o melhor custo-benefício em médio e longo prazos.
Invista nas redes sociais
Mais do que divulgação de produtos, as redes sociais são responsáveis pela criação de um relacionamento entre o varejo digital e os clientes. Por meio delas, o varejista desenvolve uma identidade digital, cria seu tom de voz, descobre seus principais perfis de cliente e faz um rebranding mais acurado, por exemplo.
Outro fator importante é que as redes sociais são ótimas ferramentas para vendas. A conta comercial do WhatsApp Business, por exemplo, permite que os clientes possam receber promoções e fazer suas compras com apenas um clique. Já o Instagram tem o botão Comprar Agora, em que o cliente observa o produto na foto, clica no botão, vê o preço e já é direcionado ao link de compra.
Por fim, as redes sociais também ajudam o varejista a não estagnar, já que ele se vê sempre cobrado pelos clientes a falar a língua deles e a oferecer novidades. Afinal de contas, se ele precisar reclamar, vai usar os seus perfis como canal de comunicação direta.
Invista em conteúdo
O conteúdo é a grande moeda da internet. Textos, imagens, vídeos, podcasts — tudo isso é considerado conteúdo. Um varejo digital que sabe usar essas ferramentas acaba se destacando da concorrência porque, além de aparecer mais para potenciais clientes, mostra-se como uma autoridade no segmento.
Um fator importante é que, embora o conteúdo deva estar ligado ao seu segmento, ele deve ser pensado no cliente. Portanto, crie textos, vídeos e imagens úteis para seu público. Faça uma pesquisa no próprio Google e descubra os assuntos mais relevantes para ele e que seu varejo digital é capaz de responder.
Vídeos curtos mostrando novidades e o dia a dia na loja, textos explicando sobre algum produto e boas imagens atraem consumidores. Eles percebem que suas postagens são relevantes e profissionais.
Trabalhe com boas imagens
Assim como no mundo real, a imagem é tudo no varejo digital. Será por meio delas que o cliente observará com mais detalhes o seu produto. Além disso, uma foto com poucos pixels passa uma imagem amadora para o visitante.
A imagem serve para que o cliente compre a ideia antes mesmo do produto. Por isso, trabalhe com fotos e vídeos de qualidade, que o valorizem. De preferência, apresente-o com mais de uma imagem, com vários ângulos e em situações de uso.
Se for um varejista de moda, invista também no cenário, como em um editorial de moda. Se trabalhar com itens de cozinha, invista em fotos de refeições, no uso dessas ferramentas em uma bela cozinha. Use a criatividade, mas sempre investindo na estética.
Use e-mail marketing
O e-mail marketing é uma das ferramentas mais poderosas do varejo digital. Por meio dela, o gestor mantém um relacionamento com potenciais clientes, envia ofertas e pode reverter aquele carrinho abandonado em uma venda.
Os e-mails servem para se relacionar tanto com um cliente que “sumiu” quanto com aquele fiel, que está sempre fazendo compras na sua loja. O mais importante é investir na segmentação: cada tipo de público recebe uma mensagem diferente.
Pronto para unir varejo digital e tradicional? Você não precisa fazer tudo sozinho. Entre em contato com a Onflag e fale com um especialista!