São surpreendentes os benefícios da I.A. aplicada ao Marketing. Entretanto, este é apenas um ramo de atividade. Ela hoje está em quase todas as áreas relevantes, como produção industrial, finanças, administração, exército, transporte, meio ambiente, saúde. Portanto, não podemos estranhar o impressionante impacto da Inteligência Artificial na Política.
Esta constatação fica ainda mais significativa se considerarmos que a política, por natureza, perpassa todas as atividades humanas. Logo, estamos tratando aqui de dois fatores – I.A. e Política – capazes de interferir diretamente no destino de todas as sociedades.
Pois é. É exatamente neste vespeiro que estamos nos metendo.
Machine Learning, Big Data, robótica, biotecnologia, nanotecnologia caminham para uma simbiose sinérgica das dimensões físicas, biológicas e digitais. Com isso, começam a ocorrer mudanças profundas nas economias globais, nas sociedades em geral e nas maneiras de fazer política, claro. Por que não ocorreria?
Compreender isso é fundamental, antes de prosseguirmos na abordagem deste tema aqui no Blog.
Incríveis promessas, associadas a inevitáveis riscos.
Não dá para questionar o potencial positivo da Inteligência Artificial. Mas, dado seu incalculável poderio, torna-se inegável também a necessidade de desenvolver tecnologias socialmente confiáveis.
E aqui, de novo, entra o enfoque da Política como maneira de equilibrar benefícios e riscos. Tanto nas políticas internas de cada setor que produz e aplica estes recursos de alta tecnologia, quanto nas políticas públicas, para criar ambientes favoráveis, minimizando possíveis – e muito prováveis – efeitos nocivos.
Em síntese, a questão que se impõe é a seguinte: não podemos fechar os olhos para os frutos da aplicação da Inteligência Artificial na Política, assim como também não podemos ignorar os riscos associados, como fraudes e manipulações criminosas da opinião pública.
O enfrentamento desses desafios é responsabilidade de todos nós. Neste sentido, vamos tratar aqui no Blog somente do uso responsável das ferramentas, legal e eticamente, sempre em acordo com as boas práticas do Marketing, em todas as suas áreas.
Assim sempre fizemos, assim faremos.
Inteligência Artificial na Política e suas ferramentas
Por um lado, do ponto de vista da estratégia, novidade alguma. Faz parte do trabalho de qualquer profissional de Marketing levantar o máximo de informações sobre seus públicos-alvo. E a Inteligência Artificial já faz parte deste desafio. Por outro lado, há duas diferenças relevantes.
Em primeiro lugar, o público-alvo aqui é o eleitor. Ou seja, não está em jogo apenas o benefício pessoal que se conquista com a compra do produto necessário ou do objeto de desejo. Estamos falando também de um benefício difuso, que pode envolver valores como o ‘processo democrático’ ou a ‘soberania do povo’ que garante o ‘futuro da nação’.
É essencial entender as expressivas diferenças entre consumidor e eleitor para aplicar corretamente a estratégia. Ainda vamos falar mais sobre isso aqui no Blog.
Em segundo lugar, eleva-se muito o nível de complexidade das informações levantadas acerca do eleitor.
Você já ouviu falar em Psicometria?
Resumidamente, trata-se da medição de variáveis psicológicas. Desde o início dos tempos, o homem busca fazer observações mais precisas sobre o mundo e sobre si mesmo. Neste sentido, a contribuição da Psicometria para o estudo da psiquê humana é enorme. E esta contribuição para os modernos processos de comunicação tem sido ainda maiores.
Isso é completamente diferente dos modelos clássicos de análise de perfil comportamental adotados até aqui. Também não se restringe ao enquadramento do eleitor em conceitos ideológicos pré-concebidos.
O objetivo com esta técnica é, por meio de mensuração, descobrir o que as pessoas temem, por exemplo. Ou, o que as inspiram, seus maiores desafios do momento e os grandes sonhos para o futuro.
Você poderia perguntar, então, como acessar estas valiosas informações?
A resposta é simples: elas já estão por aí, disponíveis a todo momento. Acontece que todos nós deixamos rastros quando compramos um produtos on-line, curtimos uma foto ou assistimos a um vídeo na internet.
Cada click é uma confissão revelada para a Inteligência Artificial na Política.
Isso pode falar mais de você do que o estudo completo de ‘Focus Group’, que reúne pessoas para discutir temas em grupo. O motivo é simples: o click é intuitivo e instantâneo. Sem pensar, você desnuda suas mais íntimas e verdadeiras preferências e aversões. Já no grupo você considera a mediação do ego e o risco de rejeição pelos demais.
Por certo, com esta ferramenta consegue-se entender corações e mentes. Para aprofundar o tema, acesse este artigo publicado pelo Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica.
Prazer em Conhecer, Sou o Algoritmo Político
Vem da Nova Zelândia a aplicação mais inovadora – até o momento – da Inteligência Artificial na Política.
Ele nasceu em 2018, o nome dele é Sam, o primeiro político virtual da história.
Você relacionou com o Tio Sam norte americano? Normal. Mas, não. Este aqui é diferente. Não é só um símbolo. Ele é um robô que aprende conversando com as pessoas.
Ele fala sobre temas relacionados à pauta política, como aquecimento global, moradia e demandas locais também.
Nada Será Esquecido, Ninguém Será Ignorado.
Ok, isso nós já fazemos desde sempre, é verdade. Todavia, o Sam da Nova Zelândia tem memória infinita. Ou seja, nada do que for perguntado e respondido, em campanha ou fora dela, será esquecido ou ignorado.
O político virtual ainda não toma decisões, mas isso não está longe de acontecer. Quando o momento chegar, ele decidirá levando em consideração todas as informações, todas mesmo.
É importante ressaltar ainda que o Sam não pode ser votado. Ele é uma ferramenta de apoio para candidatos e eleitores. Bem como para os estrategistas de campanhas eleitorais, que poderão estar mais próximos da realidade das comunidades.
Só para exemplificar, com o Sam é possível tirar da pauta promessas mirabolantes, propostas descabidas, programas inexequíveis ou simplesmente projetos cabíveis, mas que não são prioritários.
Sam também reduz ‘fake news’, uma vez que é fonte segura de informações sobre os candidatos. Isso possibilita saber se há coerência entre ideias e ações, o histórico da carreira política e as plataformas para o futuro.
Porém, mais uma vez, vale destacar que tudo isso tem também um risco embutido. Basta relembrar as últimas experiências que tivemos, como no caso da alegada influência russa nas eleições norte americanas. Outro caso que entrou para a história envolveu o ‘Brexit’ e a ‘Cambridge Analytica’.
O fato é que estamos todos aprendendo. E precisamos aprender o mais rapidamente possível porque estas tecnologias chegaram para ficar. Ou nos adaptamos ou nos adaptamos.
E você? Está se adaptando? Entre em contato com a gente. Vamos juntos descobrir as incríveis possibilidades que este novo mundo digital nos reserva.